TJ-BA teve até roubo de medalhas
Grampos telefônicos feitos com autorização judicial, contra desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia, revelaram suspeitas de uma série de irregularidades. Entre elas, a prática de nepotismo cruzado e até mesmo o roubo de medalhas comemorativas.
Segundo o jornal O Globo, as interceptações foram feitas entre março e novembro pela Polícia Federal, com aval do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes, nas investigações da Operação Faroeste, que mira um esquema de venda de decisões no TJ-BA.
O principal alvo dos grampos foi o então presidente do TJ-BA, Gesivaldo Britto. Em conversa com outro desembargador, Gesivaldo citou ter conhecimento da prática de “nepotismo cruzado” e outras suspeitas dentro do Judiciário baiano.
Segundo a PF, em uma das conversas os desembargadores “compartilham perspectivas até então desconhecidas da prática de condutas potencialmente típicas, como o furto de medalhas comemorativas havido nas dependências do tribunal, possível prática de nepotismo cruzado entre seus membros, além de questionáveis interesses de desembargadores no deslinde da questão possessória do oeste da Bahia”.