Rui tem pressa em vender colégio

O governador Rui Costa (PT) despertou a desconfiança da oposição ao pedir à Assembleia Legislativa da Bahia que uma série de Projetos de Lei (PL) sejam aprovador em regime de urgência durante o recesso. A estranheza ficou por conta do PL para a venda do Colégio Estadual Odorico Tavares, em Salvador.

O colégio foi fechado por Rui alegando que não havia procura por vagas, apesar da reação de pais e alunos. Depois disse que os alunos precisavam "vir da periferia, pegando ônibus", mas boa parte mora perto da escola e iam a pé, devido á curta distância.

O PL, publicado no Diário Oficial do Legislativo, tem detalhes que chamam a atenção. O projeto de lei 23.724/2020, que autoriza a venda do colégio, não cita o nome dele, descrito apenas como "bem imóvel situado na Avenida Sete de Setembro, antiga Dr. José Marcelino, nº 248, bairro Campo Grande, Salvador".

Durante os protestos da sociedade, Rui Costa (PT) alegou que o terreno seria trocado pela construção "de seis ou oito colégios" por quem quisesse o imóvel. Mas não é isto que consta no PL. Alí é dito que o dinheiro da venda irá para "o fomento da infraestrutura no Estado da Bahia".

Outra novidade que não se vê em venda de imóveis do Estado é a opção do comprador pagar com Fundos de Investimentos Imobiliários, passando o Governo da Bahia a ser titular de cotas. A oposição, por enquanto, está calada e não comenta a pressa nem a mudança de destino da venda.

9:41 PM  |  


Gostou? Repasse...