Prédio abandonado pelo TJ incomoda

Um prédio de apartamentos no Jardim Atlântico III, em Ilhéus, está abandonado e causando transtornos aos moradores. O imóvel já serviu de moradia para magistrados que atuavam na cidade, mas ficou desocupado desde que os juízes passaram a contar com o auxílio-moradia pago pelo Poder Judiciário.

Na época de sua aquisição, a administração do imóvel era feita pelo extinto Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (IPRAJ). Com a extinção da autarquia, a responsabilidade passou ao Tribunal de Justiça da Bahia. Mas, pelo visto, têm faltado recursos e interesse em manter o prédio.

Há relatos de que no ano passado o desembargador do TJ-BA, Sérgio Cafezeiro, visitou o local e comprovou o estado de abandono do prédio. Um morador disse a uma rádio comunitária de Ilhéus que o mato toma conta do local, que se tornou perigoso.

Além disso, há relatos de invasão de pessoas no prédio abandonado, causando medo em quem mora na vizinhança. Até mesmo uma porta de vidro da varanda de um dos apartamentos foi roubada na semana passada. O imóvel seria permutado com a APAE de Ilhéus, o que não aconteceu.

O prédio deveria ser reformado pelo TJ-BA ou o Governo do Estado e entregue à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais que, em contrapartida, cederia um terreno no mesmo bairro para o novo fórum da cidade. Esta obra também é motivo de protestos, por invadir uma área pública destinada a ser a área verde do loteamento.