Policiais fecham ponte em protesto
No segundo dia de paralisação da Polícia Civil da Bahia e outros agentes, a rotina dos moradores de Ilhéus foi quebrada nesta terça-feira quando um grupo fechou por algumas horas a ponte Lomanto Júnior, de ligação do centro com o Pontal e a zona sul. Com minitrio, os manifestantes fizeram discursos contra o Estado.
Em várias cidades os agentes da Civil promoveram atos para chamar a atenção da população para a principal reivindicação que gerou a paralisação. A categoria acusa o governo do estado de promover um tratamento discriminatório em relação aos privilégios dados à Polícia Militar na reforma da Previdência estadual.
A paralisação une policiais civis e penais (que atuam em penitenciárias) em uma paralisação de 48 horas desde a segunda-feira. As categorias protestam contra a PEC 159/2020, que modifica as regras da Previdência Social da Bahia e pedem que seja garantido 100% da pensão por morte.
De acordo com a presidência do Sinspeb, o policial civil e o penal que está no fim da carreira recebe um salário de até R$ 7 mil. Se for aplicada a média da PEC, o salário será reduzido para cerca de R$ 4.500. Não há detalhes dos serviços que foram afetados nas delegacias por causa da paralisação.
Nos presídios, o sindicato informou que apenas 30% dos policiais penais estão em atividades. Com esse efetivo, estabelecido pela Lei de Greve, os detentos só terão acesso às necessidades básicas. Já as visitas dos familiares, assistência educacional, jurídica, laboral e religiosa estão suspensas.
Nesta terça, os sindicalistas prometeram radicalizar e parar a polícia durante o Carnaval se não houver diálogo com o Governo estadual e a Assembleia Legislativa.