Toffoli ouviu o que não queria

O presidente do STF, Dias Toffoli, não para de recber críticas pelas afirmações que anda fazendo na tentativa de defender as decisões do tribunal que são mal recebidas pela população. Seu alvo tem sido o Ministério Público Federal, justamente quem garantiu o combate à corrupção nos últimos anos.

Toffoli declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que a Operação Lava Jato "fechou empresas" e que "deveria ser mais tranbsparente".. O procurador da Lava-Jato Roberson Pozzobon rebateu na lata: "A Lava Jato não 'destruiu' empresa nenhuma. Descobriu graves ilícitos praticados por empresas e as responsabilizou, nos termos da lei".

"A outra opção seria não investigar ou não responsabilizar. Isso a Lava Jato não fez", alfinetou, acrescentando que é "curioso" o pedido de transparência feito por Toffolli. A resposta veio no Twitter, lembrando o inquérito aberto pelo presidente do STF para apurar ameaças e ofensas a ministros da Corte.

"Interessante comentário de quem determinou a instauração de inquérito no STF de ofício, designou relator ad hoc (para esta específica função) e impediu por meses o MP de conhecer a apuração", afirmou Pozzobon. O ministro Alexandre de Moraes foi designado relator por Toffoli sem sorteio.

Já o procurador da República em Minas Gerais, Wesley Miranda Alves, declarou ao jornal Folha de São Paulo que Toffoli faz "direciona as críticas feitas à sua atuação e à de outros ministros do STF à própria magistratura. Não, o STF de hoje não representa a magistratura nacional".

Wesley arrematou com uma frase cortante: "o atual e crescente combate à corrupção não se deve ao STF. Ocorre apesar do STF."

1:09 PM  |  


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