Rui Costa fecha escola, gera revolta
O o governador Rui Costa prometeu construir mais 60 colégios, porém está tendo dificuldades em ser levado a sério porque vem tentando, sistematicamente, fechar escolas estaduais por toda a Bahia. O caso mais recente é o do tradicional Colégio Estadual Odorico Tavares, na capital.
O deputado Alan Sanchez (DEM) lembra que o governador foi obrigado a recurar pouco mais de um ano atrás, quando queria fechar várias unidades na capital e no interior (mas algumas foram fechadas). Hoje ele denuncia que o Governo do Estado retoma a estratégia, deixando pais e estudantes em pânico.
"Em novembro de 2018, mais de 100 unidades na capital e interior só não tiveram suas atividades encerrados por conta da repercussão negativa e da pressão, inclusive, da APLB-Sindicato, entidade que representa os professores da rede pública de ensino no estado".
Alan acrescenta que “agora, na surdina, de forma autoritária, somente em Salvador 19 unidades estão na lista de corte da Secretaria da Educação (SEC), a começar pelo tradicional Colégio Odorico Tavares, ignorando que o setor da educação precisa ser prioridade”. A Bahia tem os piores índices educacionais do país.
O colégio Odorico Tavares fica no Corredor da Vitória, tem 130 funcionários e cerca de 930 alunos do ensino médio. No dia 5 eles foram às ruas e iniciaram um protesto, que continua, contra o fechamento da escola. Segundo a direção, as matrículas para 2020 já estão bloqueadas.
Ela reclama que não houve diálogo com a comunidade escolar e o comunicado sobre o fechamento da escola foi confirmado no dia 2. O Governo do Estado soltou nota oficial onde usa um texto "de enrolação" que acaba confirmando o fechamento.
A nota diz "em relação ao Colégio Estadual Odorico Tavares, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia informa que está em diálogo com representantes da comunidade escolar para tratar sobre o ordenamento da oferta." O tal reordenamento da oferta é o fechamento da escola.
Inconformados, usando faixas e gritos de ordem, os estudantes fecharam a avenida. Alan Sanchez critica a atitude do governador Rui Costa (PT) “sem o menor diálogo com os professores, estudantes e mais uma vez com a APLB, que afirma ter tido conhecimento das ordens de fechamento através das escolas".
"Elas entraram em contato com o sindicato pedindo socorro”, reforçou o deputado, defendendo que ”as necessidades das comunidades estudantis não podem ser ignoradas”.
