Protesto cobra a Saúde de Itabuna
Continuam as pressões contra a má qualidade da prestação de serviços no âmbito do SUS, pela Secretaria de Saúde de Itabuna, aos cerca de 120 municípios pactuados. Nesta semana, a questão será levada ao secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.
Na quarta-feira está agendada reunião com o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Eric Etinger Júnior. No sábado, indígenas de várias etnias fizeram protesto em Itabuna por causa da morte do bebê de 9 meses que esperou 40 minutos para ser atendido no Hospital Manoel Novaes e acabou morrendo.
Com cartazes, os manifestantes se concentraram na Praça Adami e depois seguiram para a porta do Hospital Manoel Novaes, onde lideranças se revezaram em discursos cobrando providências. Guarnições da Polícia Militar acompanharam o ato pacífico e também equipes da Secretaria de Trânsito.
O bebê Levi Messias Nonato Alves morreu no início da manhã de segunda-feira passada. De acordo com a família, o bebê começou a passar mal no domingo. Ele foi atendido inicialmente no Hospital Arlete Magalhães, em Pau Brasil. Os familiares dizem que a criança chegou na unidade de saúde com quadro de pneumonia.
O sepultamento do bebê foi realizado na aldeia indígena Caramuru Paraguassu, também em Pau Brasil, onde a família da criança mora. O enterro foi marcado pela comoção dos familiares. Segundo a mãe, Misma Nonato Alves, de 21 anos, o bebê foi levado para a Maternidade Ester Gomes e não pôde ser atendido lá.
A família o levou então ao Hospital Manoel Novaes, onde ele faleceu. Em nota, a Santa Casa lamentou a morte de Levi, se solidarizou com a família da criança e disse que prestou atendimento. Mas isto só aconteceu depois da intervenção do advogado Davi Pedreira, que passava pelo local. O fato será investigado pelo MP-BA.
