Inadimplência cai pela primeira vez

Com recuo de -0,27%, a inadimplência do consumidor tem sua primeira queda após dois anos, mostram CNDL e SPC Brasil. Ela recuou em três faixas etárias, assim como no setor bancário. A maioria dos inadimplentes possui dívidas que não superam R$ 1.000

"Os sinais mais evidentes da recuperação econômica começam a se refletir nos índices de inadimplência do consumidor, ainda que de forma moderada", explica a CNDL. Embora a inadimplência do consumidor venha em trajetória de desaceleração, é a primeira vez em mais de dois anos que o indicador apresenta recuo.

A última queda havia sido observada em setembro de 2017, quando o número de consumidores inadimplentes diminuiu 0,88%. A abertura por idade mostra que, em novembro, a inadimplência recuou -21,6% entre os jovens de 18 a 24 anos; -11,0% entre 25 e 29 anos e -3,2% de 30 a 39 anos.

Já na faixa de 40 a 49 anos houve uma estabilidade (0,7%). Nas demais faixas houve alta, como o avanço de 1,6% entre 50 e 64 anos e o crescimento de 3,8% para quem tem de 65 anos ou mais. Outro dado que também apresentou queda foi o número de dívidas contraídas em nome de pessoas físicas.

Neste caso, houve uma queda de -4,0%, a sexta seguida neste ano. Em novembro do ano passado, havia uma alta de 4,8% na quantidade de dívidas, o que reforça um cenário melhor neste fim de ano. Um destaque foi a queda nas dívidas com comunicação (telefonia, internet e TV por assinatura), -25,3% na comparação anual.

Já as dívidas bancárias, que levam em consideração cartão de crédito, cheque especial e empréstimos, caíram 1,8%. As dívidas com o comércio, muitas vezes feitas no crediário, avançaram 1,5% em novembro, enquanto as pendências com água e luz cresceram 10,3%.

As dívidas bancárias, que cobram os juros mais altos do mercado, respondem sozinhas por 52% do total em aberto no Brasil, patamar que tem se mantido estável ao longo deste ano. Já o comércio representa 18% das dívidas, o setor de comunicação 12% e o agrupamento de água e luz por outros 10%.

Dos consumidores que terminaram novembro com o CPF na lista de inadimplentes, 37% devem até R$ 500. Além disso, a maioria (53%) das pessoas que devem possuem pendências que não ultrapassam R$ 1.000. Outros 20% devem entre R$ 1.000 e R$ 2.400, 16% entre R$ 2.500 e R$7.500 e 10% possuem dívidas acima de R$ 7.500.

9:39 PM  |  


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