Ilhéus faz ação intensa contra o HIV
Dezembro é o mês de combate ao HIV e, para intensificar as ações e sensibilizar a população, a Secretária de Saúde de Ilhéus promove testes rápidos de Sífilis, HIV e Hepatites B e C, no CAE II (antigo Sesp) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município com o Centro de Tratamento e Acolhimento (CTA).
Igor Silva, coordenador do CTA, explica que as ações foram ampliadas com o CTA Itinerante, que surgiu em outubro para a campanha de prevenção da Sífilis Congênita e atende a comunidade em diversos bairros. A equipe busca pacientes que não se dirigem às unidades para a testagem.
Patrícia de Moura Carilo, enfermeira do Programa de HIV/AIDS/ISTs e Hepatites Virais do município, lembra que a relação sexual desprotegida pode resultar na contaminação por uma IST, que independe de idade, estado civil, classe social, gênero, orientação sexual ou religião, "embora os jovens sejam mais vulneráveis".
“Infelizmente o que temos visto em relação ao HIV em todo o território nacional é o aumento dos casos em pacientes adultos jovens, com faixa etária de até 39 anos. Os testes rápidos possuem uma eficiência muito grande e detectam os anticorpos que a pessoa produz frente à infecção pelo vírus ou bactéria”.
A enfermeira complementa ainda que tanto o HIV quanto as Hepatites Virais possuem um meio de infecção similar, através da relação sexual desprotegida, e que o vírus HIV pode sobreviver até uma hora fora do organismo. Patrícia reforça que o único método contraceptivo que realmente protege é o preservativo.
“Alguns jovens banalizam a doença e fazem uso constante da profilaxia pós-exposição ao HIV. Infelizmente o que poderia ser um método de emergência, está sendo usado de forma habitual. É preciso ficar atento, pois em alguns casos a pessoa aparenta estar saudável, mas pode estar infectada por uma IST”.
Uma vez diagnosticado com o vírus, o paciente passa a ser acompanhado pela equipe. O acompanhamento de carga viral é realizado a cada seis meses, independentemente do uso do antirretroviral, já que o usuário passa a ser tratado e acompanhado pela base e pelo infectologista.