Caos na saúde fica pior em Itabuna

O que já era ruim, diz o ditado popular, pode piorar. Além do caos na média e alta complexidade, por conta da má gestão de contratos pela Secretaria de Saúde de Itabuna, a Maternidade Ester Gomes enfrenta a paralisação dos atendimentos a gestantes e crianças por conta da greve de seus funcionários.

A greve foi deflagrada por tempo indeterminado a partir deste sábado, por não ter recebido o pagamento dos salários de outubro, novembro e o 13º. A unidade hospitalar tem cerca de 100 funcionários e é especializada em atendimento de obstetrícia de média complexidade.

A direção do hospital alega redução do valor do contrato de prestação de serviços com o município e o não pagamento de serviços pediátricos já prestados. De acordo com os dirigentes sindicais, “os funcionários já aguentaram muito. Eles não podem continuar trabalhando sem receber”.

Além da greve, a assessoria jurídica do sindicato está trabalhando em ações que visam a garantia do pagamento dos funcionários. Há uma semana, os médicos também anunciaram paralisação, pelo mesmo motivo. Nem a intervenção do Ministério Público estadual conseguiu por fim ao caos na Saúde de Itabuna.

Na atual gestão, o prefeito Fernando Gomes já mudou a titularidade da Secretaria de Saúde seis vezes, incluindo o atual secretário Uildson Nascimento. Ele é o dono da Maternidade Ester Gomes e passou para ela serviços antes prestados no Hospital Manoel Novaes, sem que a MEG tenha pessoal qualificado ou equipamentos adequados.