STJ prorroga prisão de falso cônsul
O Superior Tribunal de Justiça prorrogou por 5 dias a prisão de Adailton Maturino (foto), que atuava como falso cônsul da Guiné-Bissau. O advogado de Maturino, Miguel Pereira Neto, não respondeu aos contatos da reportagem. Adailton e sua esposa, a advogada Gesiane Maturino, foram presos por ordem do STJ.
Além deles, a prisão alcançou o secretário judiciário Antônio Roque Neves, assessor de Gesilvado Britto, presidente afastado do TJ, e o advogado Márcio Duarte Miranda, genro da desembargadora afastada Maria do Socorro Barreto Santiago. Todos tiveram as prisões temporárias prorrogadas por igual período.
Durante a operação Faroeste, deflagrada pelo STJ contra a venda de sentenças por desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça da Bahia, também foram afastados os desembargadores José Olegário Caldas e Maria da Graça Osório Leal, além da juíza Marivalda Moutinho e o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio.
Sampaio é suspeito de usar “recursos criminosos” para sustentar um esquema de grilagem de terras no Oeste do estado, cujos indícios indicam venda de sentenças judiciais na Corte. A informação consta no pedido de prisão temporária de cinco dias que o Ministério Público Federal fez ao Superior Tribunal de Justiça na sexta passada.
O MPF pediu ainda a detenção provisória do ex-borracheiro José Valter Dias. Elas foram acatadas pelo ministro do STJ, Og Fernandes. Tanto o juiz quanto o ex-borracheiro, que virou um dos maiores latifundiários do país, não foram encontrados no dia da operação.
No pedido da subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo, os indícios apontam para possível atuação do juiz no uso de recursos criminosos.