Salvador alerta para a leptospirose
Com as chuvas intensas que assolam a capital baiana, a Secretaria Municipal da Saúde alerta para o risco de contaminação por leptospirose. Isso porque, durante o período chuvoso os rios, córregos e a rede esgoto podem transbordar, invadindo tocas de ratos e contaminando a água.
Para evitar a contaminação, a médica Adielma Nizarala alerta para que seja evitado ao máximo o contato direto com água de inundações ou enchentes. Quem vive em áreas que ficam alagadas deve ter cuidado redobrado, como sempre proteger o pé (com calçados ou até plástico).
Também deve evitar contato com roedores (os principais transmissores), lavar bem os alimentos, ter cuidado com a água ingerida e evitar acúmulo de entulho em terrenos baldios. “As pessoas devem evitar ao máximo o contato com a água que fica empoçada ou de enchente".
"Se não houver botas e luvas, pode-se utilizar sacolas plásticas amarradas nas mãos e pés para não ter contato direto com a água suja. A água para consumo deve ser filtrada ou fervida. Os ambientes afetados devem ser higienizados com água sanitária e de maneira alguma deve-se permitir que crianças brinquem na água de suja”.
A especialista explica que quem já entrou em contato com água suja deve ficar atento a sintomas como febre alta, dor de cabeça e dor muscular (principalmente na panturrilha), náuseas, vômitos, icterícia (cor amarelada da pele, mucosas e olhos) e diarreia.
Após a contaminação, leva em média 15 dias até os primeiros sintomas. “Caso surja alguns desses sintomas, a orientação é buscar de imediato a rede de urgência e emergência, e informar ao médico que teve contato com água de enchente”, orienta. Neste ano, 30 casos de leptospirose foram confirmados na capital.