Pescadores de Ilhéus perderam vendas
A consequência da situação trazida pelo óleo preocupa quem tira o sustento do mar. Só em Ilhéus são mais de 8 mil pescadores. Centenas deles se reuniram no Centro de Convenções da cidade para discutir o que fazer diante do problema. A convocação partiu do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Eles estavam apreensivos porque o Ministério da Agricultura proibira, até o fim do ano, a pesca da lagosta e do camarão nas áreas atingidas pelo óleo. Mas o governo autorizou o pagamento de até duas parcelas extras do Seguro Defeso aos pescadores atingidos. Mesmo assim, a categoria está com medo de ficar no prejuízo.
“A população não tem comprado nossos produtos. Estamos preocupados com isso. Perdemos mais de 60% da nossa comercialização. São milhares de pescadores que tiram seu sustento unicamente da pesca”, disse o presidente da Colônia de Pescadores Z34, Reinaldo Alves.
Um dia após a reunião, o Governo Federal recuou e liberou a pesca da lagosta e do camarão. Segundo informações do Mapa, apesar da liberação da pesca o governo vai manter o pagamento de um salário mínimo para os pescadores em novembro. Ao todo, 60 mil dos 470 mil pescadores cadastrados do Nordeste receberão o auxílio.
O seguro defeso originalmente é acionado para assegurar a reprodução. Desde o dia 25 de outubro, os pescadores estão sem pescar. Durante a reunião, o INSS orientou aqueles que ainda não tenham recebido o benefício que solicitassem junto ao órgão. Ilhéus possui cerca de 2.700 pescadores associados à Colônia Z34.