Maternidade é acusada de neglig?ncia
O atendimento a parturientes na Maternidade Esther Gomes, a "Maternidade da Mãe Pobre", virou caso de polícia. Mais uma criança morreu sob a acusação de negligência médica. Um recém-nascido, que teve seu parto feito por uma enfermeira, morreu na quarta-feira após vir ao mundo com saúde.
Segundo boletim de ocorrência no Complexo Policial de Itabuna, registrado por familiares da criança, o médico Luiz Carlos de Leite Souza atendeu a mãe da criança por volta de 21 horas de terça-feira, tendo-a medicado e orientado a voltar para casa.
Horas depois a gestante retornou à maternidade, onde já chegou em trabalho de parto e foi atendida pelo mesmo médico. De acordo com o B.O., ele solicitou a uma enfermeira que fizesse o parto. A criança que, segundo a família, nasceu bem, morreu minutos após o parto.
No prontuário de óbito, atestado pela maternidade, consta que a criança já estaria sem vida após os procedimentos. O caso foi parar no Complexo Policial de Itabuna, onde uma investigação foi iniciada para ouvir todos os envolvidos, enquanto se espera pelo laudo pericial do DPT para saber a causa mortis.
A Maternidade da Mãe Pobre tem sido um grave problema para o atendimento de parturientes e seus bebês, já que não tem condições, pessoal nem equipamentos adequados. A sua contratação como prestador de serviço pela Prefeitura de Itabuna, um capricho da atual gestão, tem sido objeto de críticas das grávidas e seus familiares.
A maternidade pertence ao prefeito Fernando Gomes, que fechou cotrato público com ele mesmo, inclusive tirando o atendimento pediátrico do Hospital Manoel Novaes, que é referência na área. Até o momento o "negócio" tem sido ignorado pelos Ministérios Públicos estadual e federal.