ICMBio usa até redes contra o óleo
Redes de pesca apreendidas em operações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade estão sendo usadas desde domingo para tentar conter a chegada de resíduos de óleo no arquipélago de Abrolhos. As redes foram distribuídas às colônias de pescadores de Caravelas, Alcobaça, Prado, Nova Viçosa e Mucuripe.
O trabalho de retirada de centenas de pequenos fragmentos de óleo cru tem exigido atenção total de quem trabalha no santuário, que abriga a maior diversidade marinha do Brasil e do Atlântico Sul. Por isso, a visitação do Parque Nacional dos Abrolhos foi suspensa, domingo, por um prazo inicial de três dias.
De acordo com comunicado do chefe do Parque, analista ambiental Fernando Pedro Marinho Repinaldo Filho, a suspensão deve possibilitar as atividades de prevenção, controle e remoção do óleo, além de minimizar riscos à saúde pública.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, fez um sobrevoo pela região do arquipélago de Abrolhos no domingo. Em entrevista coletiva, ele foi questionado se havia uma noção da origem do óleo e se o problema estaria em vias de chegar ao fim. Disse não saber, pelo tipo do óleo, é um óleo difícil.
"Porque ele vem ali à meia água, não vem na superfície, o radar não pega, satélites não pegam". Mais dois navios - Atlântico e Bahia - se juntaram aos que realizam o trabalho de monitoramento. São seis da Marinha e dois da Petrobras.