Brasil cria empregos pelo 7º mês
Beneficiada pelo comércio e pelos serviços, a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em outubro, o sétimo mês seguido de crescimento. Segundo dados do Caged, 70.852 postos formais de trabalho foram criados no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Esse foi o melhor nível de abertura de postos de trabalho para outubro desde 2016, quando as admissões superaram as dispensas em 76.599. A criação de empregos totaliza 841.589 de janeiro a outubro, 6,45% a mais que no mesmo período do ano passado.
A geração de empregos atingiu o maior nível para os dez primeiros meses do ano desde 2014, quando tinham sido abertas 912.287 vagas. Na divisão por atividade, 5 dos 8 setores pesquisados criaram empregos em outubro. O campeão foi o comércio, com 43.972, seguido por serviços com 19.123.
Em terceiro, vem a indústria com 8.946 postos de trabalho. O nível de emprego aumentou na construção civil com a abertura de 7.294 postos e na indústria extrativa mineral, com 483 postos. No entanto, três setores demitiram mais do que contrataram.
A agropecuária perdeu 7.819 postos; serviços industriais de utilidade pública, categoria que engloba energia e saneamento, 581 e administração pública, 427 postos. Tradicionalmente, a geração de emprego é mais baixa em outubro. O mês costuma ser marcado pelo reforço no comércio para as contratações de fim de ano.
No entanto, a indústria, que reforçou a produção em agosto e em setembro por causa do Natal, desacelera. A agropecuária também dispensa empregados por causa do fim da safra de diversos produtos, como a cana-de-açúcar e café.
No comércio, a criação de empregos foi puxada pelo varejo, com a abertura de 36.732 postos formais. O comércio atacadista gerou 7.240 vagas. Nos serviços, os destaques foram venda e administração de imóveis, com 14.040 postos; transportes e comunicações com 4.348, e serviços médicos, odontológicos e veterinários, 3.953.
Na indústria, a criação de empregos foi impulsionada por produtos alimentícios e bebidas, com 3.344 vagas; pela indústria de calçados, com 1.890 e pela indústria madeireira e de móveis, com 1.166 empregos.
23 estados geraram empregos no mês passado. Os melhores foram Minas Gerais com 12.282, São Paulo com 11.727, Santa Catarina com 11.579 e Rio Grande do Sul com 8.319. Os estados que registraram o fechamento de vagas formais foram Rio de Janeiro (9.942), Distrito Federal (1.365), Bahia (589) e Acre (367). (ABr)