Bancos geram a maior inadimplência
Segundo a CNDL e o SPC Brasil, o volume de consumidores com contas em atraso cresceu 1,58% em outubro, na comparação com igual período do ano passado. A causa da maior parte das dívidas (53%) em aberto está ligada a instituições financeiras, com 6 pontos percentuais a mais que em 2016.
Já o comércio responde por uma fatia de 17% das dívidas, contra 20% em 2016. O setor de comunicação foi responsável por 12% das pendências e as contas de água e luz por 10%. Na contramão do crescimento das contas em atraso, o número de dívidas apresentou queda de 2,34%.
Considerando o setor credor, houve um crescimento de 18,6% entre as concessionárias de água e luz, enquanto os bancos registraram alta de 1,9%. Por outro lado, os segmentos de comunicação e comércio registraram quedas de 24,6% e 5,4%.
Quando se observa o perfil de quem está com contas em atraso, o levantamento mostra um aumento expressivo da inadimplência entre os que possuem idade mais avançada, com crescimento de 7,1% na faixa de 64 a 84 anos e de 4,1% de 50 e 64 anos.
Em contrapartida, entre os consumidores mais jovens, há um recuo no volume de inadimplentes — retração mais acentuada na faixa de 18 a 24 anos, com uma diminuição de 21,6% em outubro. Também houve queda nas faixas de 25 a 29 anos (-9,9%) e de 30 a 39 anos (-1,5%).
Somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.254,78. Pouco mais da metade (53,1%) têm dívidas de até R$ 1.000 e 46,9% acima desse valor. Já descontando os efeitos da inflação, os valores observados agora são menores do que se observava no início da série histórica, em 2010.
Analisando os resultados por região, apenas o Nordeste apresentou queda no número de negativados, com recuo de -1,00%. As demais regiões tiveram crescimento no número de consumidores negativados. O Norte registrou alta de 5,59%, Sudeste de 3,34%, Centro-Oeste de 2,49% e Sul de 1,29%.