Projeto derruba as infecções em UTIs
A adoção de novos hábitos e cuidados por pacientes e profissionais de saúde em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de 119 hospitais públicos do país reduziu a ocorrência de infecções hospitalares. Ao todo, foram evitadas 1.715 infecções da corrente sanguínea, urinárias e pneumonia.
Significa que 558 vidas puderam ser salvas neste período. Esta marca foi alcançada durante um ano e meio de execução do projeto colaborativo “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”. A meta é reduzir em 50% a incidência de cada uma dessas infecções até 2020.
Estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações hospitalares. A maior parte é provocada por micro-organismos presentes no próprio paciente ou no meio ambiente e que se aproveitam quando o sistema de defesa está mais frágil.
As infecções também podem ser transmitidas pelas mãos do profissional ou do acompanhante, por equipamentos invasivos, como respirador, ou mesmo contato com outros pacientes. Por isso, o simples ato de lavar as mãos é o ponto inicial para a diminuição das infecções no ambiente hospitalar.
Entre as mais comuns, a incidência de infecção urinária associada a cateter caiu 47,7%. Já a infecção na corrente sanguínea associada a cateter venoso central caiu 28,3% e a pneumonia associada a ventilação mecânica registrou queda de 30%.
No início do projeto, todos os hospitais participantes apresentavam ocorrências destas três infecções, no entanto, após a intervenção, boa parte das unidades conseguem manter em zero a incidência das infecções sanguínea e urinária.





