PF atinge finanças dos traficantes
Uma força-tarefa formada pelas polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil de Minas Gerais deflagrou nesta sexta-feira (9) a Operação Caixa-Forte. Ela foi montada para combater crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, praticados em âmbito nacional.
A ação conta com a participação de 250 agentes públicos para cumprir 52 mandados de prisão preventiva, 48 de busca e apreensão, 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias em 18 cidades e unidades prisionais de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Pela manhã, seis pessoas já tinham sido detidas. Expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, os mandados foram cumpridos em Uberaba e Conceição da Alagoas, em Minas; Campo Grande e Corumbá, no Mato Grosso do Sul; em São Paulo, Ribeirão Preto, Itaquaquecetuba e Embu das Artes, em São Paulo.
Também houve mandados nas cidades paranaenses de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara. Segundo nota da PF, os presos são investigados por tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 33 anos de prisão.
Estrutura
Iniciadas em novembro de 2018, as investigações identificaram a existência de uma seção “rigidamente estruturada” dentro de uma facção chamada Geral do Progresso. Segundo a PF, o setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas.
"Ele distribuia os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosa, bem como orquestrava a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes”. Segundo a PF, “pessoas aparentemente estranhas ao grupo criminoso tinham suas contas bancárias cooptadas para ocultar e dissimular o montante movimentado”.
Nas contas, pequenas quantias eram depositadas de forma a evitar chamar a atenção de autoridades de controle de atividades financeiras (Coaf). Posteriormente, o dinheiro era transferido a outras contas ou sacado em terminais eletrônicos. 45 contas já foram identificadas e bloqueadas, com movimentação superior a R$ 7 milhões. (Abr)





