Palocci detalha propinas para o PT

A delação do ex-ministro petista Antonio Palocci, homologada pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, detalha um esquema de R$ 270,5 milhões em propina repassada por diversos agentes, nacionais e internacionais, para bancar as campanhas do PT.

De acordo com a revista Veja, o acordo tem 23 anexos e explica como funcionavam os repasses e o envolvimento de 12 políticos, incluindo ministros e parlamentares. A propina era paga em forma de doações, declaradas ou ocultas, por grupos empresariais através do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso pela Lava Jato.

Durante as campanhas, eleição e reeleição de Lula e Dilma, o partido fez parceria com empresários interessados em negociar com o futuro governo e dispostos a investir nas campanhas em troca de contratos. Palocci falou especificamente sobre redução de tributação para setores específicos e créditos a juros camaradas pelo BNDES.

Um dos pontos revelados por Palocci chama a atenção porque pode levar ao cancelamento do registro do Partido dos Trabalhadores junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Trata-se da doação de US$ 1 milhão pelo então ditador da Líbia, Muamar Kadafi, para a campanha de Lula para presidente da República em 2002.

A legislação brasileira proíbe esse tipo de doação sob pena de extinção do partido. Palocci também falou da ofensiva do PT para barrar a operação Castelo de Areia no STJ, em troca de R$ 50 milhões em doações para a campanha de Dilma Rousseff e da deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), hoje presidente do PT. Com Diário do Poder.

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