Índios desocupam fazenda de Geddel

O grupo de cerca de 50 supostos índios Kamakãs e Imborés deixou a Fazenda Esmeralda, do ex-ministro Geddel Viera Lima, que havia invadido na madrugada de segunda-feira. Nas primeiras horas desta terça, depois de acordo com comandantes das polícias de Itapetinga, o grupo montou acampamento à margem da rodovia.

Essa foi a terceira ocupação na fazenda, em Potiraguá, que tem 643 hectares, equivalente a 643 campos de futebol. O grupo permanece acampado às margens do Rio Pardo, que corta a região. A exemplo das vezes anteriores, eles alegam que as terras pertenciam a seus antepassados e que o local tem cemitérios indígenas.

A "cacica Tanara", que lidera o grupo, confirmou que a ocupação foi feita por indígenas da Aldeia Alto da Abobreira, Kamakãs e Imborés. Ela disse que o grupo reivindica terras que são "histórica e culturalmente" dos povos indígenas. Os invasores cobraram a presença da Funai e da Polícia Federal.

Porém, resolveram sair pacificamente antes mesmo de os responsáveis pela área pedirem à Justiça um mandado de reintegração de posse. O grupo não descarta ocupar outras áreas nas redondezas. O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) chegou a afirmar que os advogados estavam “tomando as providências cabíveis”.

A mesma Fazenda Esmeralda foi ocupada por cerca de 30 índios da etnia Pataxó Hã Hã Hãe no Natal de 2017. A ocupação, encerrada após negociação com a Polícia Militar, durou dois dias. Uma ocupação anterior se estendeu por quinze dias.

16:40  |  


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