Clínica do falso dentista pode fechar

O delegado Humberto Matos já tinha avisado que ia pedir o fechamento do Hospital do Dente, que funciona na Avenida Princesa Isabel, no bairro São Caetano, em Itabuna. A clínica odontológica tem entre os sócios o estudante universitário Paulo Henrico Almeida, de 38 anos, acusado de exercício ilegal da profissão e outros crimes.

Além de se passar por dentista formado, Paulo Henrico e os outros 8 dentistas que trabalham no local, enfrantam outras acusações. Muita gente tem aparecido para denunciar erros e danos, como um senhor que teve 9 dentes extraídos de uma vez ao se queixar de dor em apenas um deles.

Quem fez as etrações foi Paulo Henrico, que se passou por profissional formado. O falso dentista convenceu a vítima a extrar todos os dentes e fazer um implante. Outra vítima,

Frank Andrade, pagou R$ 6 mil por um procedimento semelhante e implante, tudo feito num mesmo dia, sem qualquer preparo. Frank passou mal e teve que ser internado na UPA Monte Cristo. Os implantes sangraram por mais de 6 horas seguidas. Depois de seis meses sofrendo, ele descobriu que o implante estava infeccionado.

O delegado Humberto Matos lembra que o falso dentista também atuava em Vitória da Conquista e foi acusado de estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica. Os outros dentistas participavam da fraude e ajudavam a esconder os erros de Paulo Henrico.

"Os dentistas sabiam que o estudante não pode realizar procedimentos odontológicos e existem indícios de que alguns deles atuavam para dificultar a fiscalização do Conselho Regional de Odontologia", afirma Humberto, que prevê o indiciamento de pelo menos dois dentistas por mais de um crime. Os outros ainda são investigados.

Matos conta que houve uma alteração no contrato social para tentar atraplahar a investigação. "A clínica foi transferida para o nome de uma pessoa que não possui responsabilidade técnica, que não teria condições de administrá-la".

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