UFSB vai apoiar rede de refugiados
UFSB entrou para rede de apoio a escritor refugiado tornando-se espaço de refúgio e apoio para eles, artistas e jornalistas perseguidos. A assinatura da adesão foi feita pela reitora Joana Angélica Guimarães com a Rede Internacional de Cidades-Refúgio (ICORN, em Inglês), representada pelo presidente do conselho, Chris Gribble.
A assinatura aconteceu na assembleia geral da ICORN, em Roterdã (Holanda). O evento ocorre a cada dois anos e reúne também a Associação Internacional dos Escritores (PEN International), entidade que defende escritores, artistas, intelectuais e jornalistas.
A ideia do projeto surgiu há alguns anos, mas seu embrião está em 1989, quando Salman Rushdie foi condenado à morte pelo Irã, tornando-se o primeiro escritor a ser perseguido no mundo inteiro, mesmo não sendo iraniano.
Anos mais tarde, o mundo testemunhou o assassinato de diversos escritores, intelectuais, jornalistas, sociólogos e professores de universidades na Argélia, vítimas de perseguição de grupos fundamentalistas.
Expansão dos abrigos
Em 1993, foi lançado o Cities of Asylum Network (INCA), uma rede de apoio internacional a intelectuais perseguidos. Em 2006, a cidade de Stavanger (Noruega) criou uma organização internacional para oferecer lares seguros a escritores vítimas de perseguição em seus países.
Foi criado, assim, o International Cities of Refuge Network (ICORN). Em 2014 havia cerca de 800 escritores perseguidos no mundo, gerando a necessidade de expansão. Por isso, foi lançado o projeto Casas Brasileiras de Refúgio (CABRA), visando apoiar a criação de casas de refúgio aqui.
A CABRA promove a rede ICORN no Brasil, congregando as brasileiras às demais cidades refúgio para escritores, artistas e intelectuais. A iniciativa foi divulgada em evento da UFSB relacionado aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em dezembro de 2018.