Ninguém se importa com a greve

A greve dos rodoviários de Itabuna chega ao terceiro dia sem que as empresas, o sindicato ou a Prefeitura adotem qualquer providencia para restabelecer o transporte público. A maioria da população continua enfrentando dificuldades para se deslocar de casa para o trabalho, a escola, o consultório médico ou o comércio.

Muitos se valem de caronas, frete de vans pelas empresas onde trabalham, carros particulares fazendo lotação irregular, mototáxis ou vão a pé. A greve teve início na segunda-feira, com a paralisação total da frota de 92 veículos, retida nas garagens das empresas São Miguel e Sorriso da Bahia. Só 30% estão circulando.

Os rodoviários querem reajuste de 5% no salário e 10% no tíquete refeição, mas as empresas recusam e não fazem uma contraproposta, segundo o presidente do sindicato da categoria (Sindirod), Arlensen Nascimento. A Associação das Empresas de Transporte Urbano (A.E.T.U) divulgou nota informando que não tem como atender.

Ela se queixa que a Prefeitura mantém a tarifa de R$ 3 desde dezembro, sem reajuste. As empresas São Miguel e Sorriso da Bahia desejam que a tarifa suba a R$ 3,70. A Procuradoria Geral do Município criou uma "comissão" para estudar o reajuste de acordo com os termos do contrato de concessão assinado em 2016.

Há meses o jornal A Região lembra que as empresas não estão cumprindo o contrato, que prevê a construção de duas estações de transbordo, adoção do bilhete único e renovação da frota. A Prefeitura, a quem cabe exigir o cumprimento das regras, se omite e não fiscaliza.

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