Monilíase já preocupa a Agricultura

A prevenção à monilíase do cacaueiro volta a entrar no radar do Ministério da Agricultura que, desde 2007, está trabalhando para evitar a chegada do fungo "Moniliophthora roreri" às plantações brasileiras. Apesar de ser ausente no Brasil, há relatos da praga em diversos países da América Latina.

Para isso, o Departamento de Sanidade Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, promoveu reunião em Belém (PA) com o objetivo de redefinir as estratégias de vigilância nas áreas de risco, nas regiões de fronteira do Brasil com os países onde a praga já está.

A monilíase é uma doença devastadora que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle.

"A entrada desta praga no Brasil traria grandes riscos à competitividade do cacau junto no mercado nacional e internacional," explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas da SDA, Graciane Castro, que reforça a importância das ações de prevenção, educação fitossanitária, contenção e controle.

Os possíveis pontos de entrada da monilíase no Brasil são a fronteira amazôn9ca, via Letícia (Colômbia), Tabatinga e Benjamin Constant, por trânsito fluvial no rio Solimões e afluentes como Içá e Japurá; a fronteira seca entre Roraima e Santa Helena (Venezuela) em Pacaraima.

Mais a fronteira do Acre e Peru, via fluvial pelos rios Ucayali e Breu; e a tríplice fronteira Acre, Peru e Bolívia pela Rodovia BR-317. Este último ponto de entrada é considerado de altíssimo risco, devido ao trânsito de passageiros e cargas por via rodoviária.

17:40  |  


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