Itabuna sem ônibus, prefeito omisso

A greve dos rodoviários de Itabuna chegou ao oitavo dia nesta segunda-feira, sem nenhuma solução e com o povo sofrendo nos deslocamentos diários para trabalho, a escola, os serviços de saúde e outras atividades. Lenta, a atual administração municipal nada faz para encontrar uma saída para o impasse.

Quem mais sofre com a incompetência do poder público é o comércio, cujas vendas caíram desde que a greve começou. Ela teve início no dia 3 de junho, retirando 30% dos ônibus de circulação. Na sexta-feira, a frota de 92 ônibus parou completamente por causa do atraso de salários por parte da São Miguel e Sorriso da Bahia.

Além de não obter os reajustes solicitados, os rodoviários ainda não receberam o pagamento do mês de maio. Eles querem reajuste salarial de 5% e 9% a mais no tíquete alimentação, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários (SINDROD), Arlensen Antero.

Ele afirma que, assim que receberem os salários, os 30% da frota voltam a circular. Não há prazo para que isso aconteça, embora a lei estabeleça pagamento de salários até o quinto dia útil (foi 7 de junho). Omissa, a Prefeitura faz de conta que nada tem a ver com a greve, que prejudica mais de 100 mil usuários.

Resta a esperança de que o Ministério Público faça recomendações às partes para que negociem ou mesmo peça à Justiça que faça uma intervenção, até para que o contrato das concessionárias com o Município seja integralmente cumprido.