Cassada estraga festa de Camamu

Camamu comemorou nesta quinta-feira 459 anos de sua criação, ainda no Brasil Colônia, e 128 anos de emancipação. O povoamento teve origem em 1560, numa aldeia de índios Tupiniquins, sendo transferida depois mais para o sul, fixando-se no local chamado de Passagem do Macamamu.

Logo ela foi elevada à categoria de freguesia, administrada pelos padres jesuítas. Mas o desânimo tomou conta da festa depois que a prefeita Ioná Queiroz (PT) foi cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que publicou o acórdão do processo no Diário da Justiça eletrônico (DJe).

Na decisão, o TSE manda que a prefeita se afaste do cargo e que o TRE-BA dê posse imediata ao presidente da Câmara de Vereadores, Enoc Souza (PEN). Como resultado, a Missa em Ação de Graças na Igreja de Nossa Senhora da Assunção teve público reduzido.

Irritada, a prefeita cassada, ainda no cargo, cancelou os atos e os desfiles cívicos que estavam programados para o Dia da Cidade. A festa prevista para a noite de quinta também ficou em suspenso, já que depende do TRE-BA comunicar o juiz eleitoral para a posse do presidente da Câmara.

Enoc Souza vai governar a cidade até a nova eleição. A cassação do registro da candidata Ioná se justificou porque, no dia das eleições de 2016, ela ainda estava inelegível em razão de sua condenação, por abuso de poder econômico, na campanha eleitoral de 2008.

O TSE levou dois anos para retirar uma prefeita que não deveria ter exercido o poder por tanto tempo. E que pretende se candidatar na nova eleição, já que agora não está mais impedida.

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