Tomou posse, mas pode ser preso
Carlos Augusto Cardoso da Silva (Augustão - PSB), Gilmar Sodré e Reynaldo Oliveira dos Santos (Zé Neguinho - PP) assumiram temporariamente os mandatos dos titulares Aldemir Almeida, Lukas Paiva e Tarcísio Paixão na Câmara de Vereadores de Ilhéus, na tarde desta terça-feira.
Aldemir foi afastado, Lukas e Tarcísio tiveram o pedido de prisão preventiva decretado pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus em decorrência da Operação Chave E. O problema é que Gilmar Sodré (foto) pode sair do cargo a qualquer momento, por prisão.
Ele foi condenado, em 2016, a 7 anos de prisão, inicialmente em regime semiaberto, por estupro de vulnerável cometido em 2007. A sentença foi confirmada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ao analisar um recurso do Ministério Público da Bahia.
Na primeira instância, o vereador tinha sido absolvido, mas foi condenado na segunda. Atualmente, o caso está pendente de julgamento dos recursos junto ao ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça. O Ministério Público Federal (MPF) pediu urgência na decisão contra Sodré.
O estupro aconteceu em 8 de outubro de 2007, em um motel. Na época, a vítima tinha 13 anos. O subprocurador-geral da República Mário Pimentel Albuquerque disse ao STJ que, como Sodré já foi condenado em segunda instância, poderia começar a cumprir a pena.
O acórdão do TJ-BA diz que o vereador "visando satisfazer os seus instintos sexuais, induziu a vítima a manter relação sexual com o mesmo em troca de uma vida melhor”. Também cita que a vítima foi “com ele a um motel e, mesmo dizendo que não iria ficar, ele lhe falou que, já que estavam ali, não iria perder dinheiro".