Presídio inova com identificação local
Itabuna inaugurou uma unidade de identificação do Conjunto Penal, para fazer o cadastro civil e criminal dos presidiários, facilitando a coleta dos dados e eliminando a necessidade de saída para o procedimento. O projeto foi inspirado no "Identificação Cidadã".
Ele conquistou a terceira classificação no Prêmio Innovare. O projeto inaugurou a primeira unidade de identificação papiloscópica do Conjunto Penal de Itabuna nesta segunda-feira ( 20), fruto de uma parceria do Instituto Pedro Mello com a Secretaria de Administração Penitenciária ( SEAP).
A proposta consiste em submeter os presidiários à identificação através da técnica da papiloscopia. O perito técnico e um dos idealizadores do projeto, Alberto Durão, trabalha no Instituto Pedro Mello de Itabuna. Ele salienta que não será mais necessário deslocar os presos para os SACs para ser feita a identificação.
"Agora o trabalho será feito todo no próprio presídio. Fato este que vai otimizar recursos do Estado e também vamos tornar a identificação mais acessível à comunidade carcerária". O perito explica que nos presídios existe uma dificuldade de documentação dos presidiários.
Alberto Durão explica que a correta identificação, além de ser fundamental para o avanço dos processos criminais, é essencial para o acesso dos presos às políticas públicas. "A polícia Civil e o DPT estão promovendo cidadania e ressocialização através desse projeto".
"Não é muito incomum pessoas sendo encarceradas de forma equivocada porque o Estado não tem a verdadeira noção de sua identidade". O perito comemora a terceira colocação que o projeto alcançou no concurso Innovare, promovido pelo Supremo Tribunal Federal ( STF).
"Para nossa surpresa, ele ficou entre os três melhores do Brasil. É a cidadania dentro dos presídios que queremos efetivar". O projeto é uma idealização também do perito técnico Matheus Morais e está prevista uma reunião com o Conselho Nacional de Justiça que irá avaliar a possibilidade de ser implementado a nível nacional.