Polícia procura vereadores de Ilhéus

Depois de mais de 24 horas de deflagrada a Operação Chave E, dois ex-presidentes da Câmara de Ilhéus seguem foragidos. São procurados Tarcísio Paixão, que presidiu a Casa entre 2015 e 2016, e Lukas Paiva, que comandou entre 2017 e 2018. Os dois são atuais vereadores.

Um servidor da Câmara e um empresário também não foram localizados. Para o promotor Frank Ferrari, a fuga dos acusados reforça a necessidade da prisão. “O fato de estarem foragidos evidencia a intenção de não contribuir com a Justiça e de se eximir das responsabilidades".

Presos na quarta-feira, o secretário municipal de Agricultura, Valmir Freitas do Nascimento, o "Valmir de Inema", e os empresários Cleomar Primo Santana e Aêdo Laranjeira de Santana foram transferidos para o presídio de Ilhéus. A operação investiga um esquema de fraudes em licitações e contratos, e lavagem de dinheiro.

Os crimes teriam ocorrido entre 2011 e 2018. Os foragidos são procurados por uma força-tarefa que envolve o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), a 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus e Polícia Federal.

Na tarde de quarta-feira, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ilhéus publicou Nota de Esclarecimento negando envolvimento dos atuais dirigentes e informando que está "cooperando com as investigações" lideradas pelo MP-BA. O afastamento dos vereadores vai gerar a posse dos suplentes.

Gilmar Sodré, Zé Neguinho e Augustão podem assumir caso a prisão preventiva seja prorrogada e os vereadores fiquem mais de 120 dias afastados. O vereador Luis Carlos 'Escuta', que era suplente de Jamil Ocké, assumiu seu lugar após a prisão na operação Citrus. Jamil perdeu o mandato após ficar mais de 120 dias afastado, enquanto estava preso.

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