Deputados questionaram a Via Bahia

Deputados estaduais das comissões de Infraestrutura, presidida por Pedro Tavares (DEM) e de Defesa do Consumidor, comandada por Tiago Correia (PSDB), questionaram nesta terça, durante audiência pública, a concessionária Via Bahia, que administra várias estradas no estado.

Eles criticaram o andamento dos projetos e a falta de cumprimento de algumas obras previstas no contrato, iniciado em 2010. Os parlamentares apontaram problemas na BR -116, como a necessidade imediata de passarelas e da duplicação do trecho entre o Entroncamento de Jaguaquara e Jequié (Serra do Mutum).

Também citaram trechos problemas em Vitória da Conquista, como a ausência da recuperação e pavimentação do Anel Viário, a construção de viadutos e passarelas. Na reunião também foi reivindicada a reforma dos acessos e trechos ligados a Santo Estevão e Antonio Cardoso, na BR-116.

Na BR-324, os deputados lembraram a falta de intervenções e congestionamentos gerados pela falta de uma alça em um dos viadutos de acesso a Salvador, mais irregularidades na drenagem próximo a Estação Pirajá, necessidade de melhoria no acesso a Terra Nova e a falta de iluminação em vários retornos.

Segundo o diretor de Relações com Investidores, José Bartolomeu e o gerente de Comunicação, Carlos Bonin, existe as limitações da empresa, que depende de liberação da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) para que seja realizada qualquer intervenção.

Outro problema alegado pela Via Bahia é a falta de revisão do contrato, o que causou um desequilíbrio financeiro nos últimos três anos. Nesse período, o deficit foi de R$ 160 milhões, disseram. “A revisão do contrato deveria ter ocorrido em 2014, mas iniciou-se em 2016".

"Houve vários prazos estipulados pela Agência e estamos aguardando uma posição definitiva dessa revisão para que haja total sustentabilidade para novas obras, importantes para o sistema. A concessionária tem feito o seu trabalho, entregando o material necessário para que a revisão seja aprovada”, disse Bonin.

Pedro Tavares destacou que a reunião foi uma oportunidade para que os deputados não só reivindicassem, mas tomassem conhecimento das dificuldades. “As obras que constam no contrato precisam ser realizadas para que as rodovias se tornem mais confortáveis e seguras, e a população, que paga pelo serviço, tenha retorno".

Tiago Correia se disse preocupado com o futuro do contrato, já que ele estabelece diversos compromissos que até hoje não foram realizados, principalmente nas obras condicionadas ao volume de tráfego de 6,5 mil veículos por dia. “Vamos fazer uma força tarefa junto ao Ministério dos Transportes e a ANTT".

"Trata-se de um contrato importante, de um serviço que impacta a vida dos baianos. A BR-324 alimenta todo o Centro Industrial da Região Metropolitana e a BR- 116 tem muita importância para atividade econômica do estado e para o transporte dos baianos”, concluiu.

21:08  |  


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