Bolsonaro descarta controle da mídia
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em sua conta no Twitter que nunca vai aceitar qualquer tipo de regulamentação ou controle da mídia, seja tradicional ou social. "Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluídas as sociais".
"Quem achar o contrário, recomendo um estágio na Coreia do Norte ou Cuba". O presidente sempre foi contra o controle da mídia e só tocou no assunto por causa da falsa polêmica gerada por uma fala do secretário de Governo, general Santos Cruz.
Ele declarou, durante uma entrevista, que "O uso das redes sociais tem de ser disciplinado, até a legislação tem de ser aprimorada, e as pessoas de bom senso têm de atuar mais para chamar as pessoas à consciência de que a gente precisa dialogar mais, e não brigar". Se referia ao ajuste da legislação para combater abusos.
Foi o suficiente para receber ataques de seguidores do autointitulado filósofo Olavo de Carvalho, que é inimigo dos militares que fazem parte do governo Bolsonaro. O próprio Olavo chegou a postar palavras de baixo calão contra o general, repetidas por seus seguidores.
Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente, rechaçaram qualquer ideia de controlar a mídia, como foi tentado várias vezes por Lula e Dilma. "Numa democracia, respeitar as liberdades não significa ficar de quatro para a imprensa, mas sempre permitir que exista a liberdade das mídias", escreveu Carlos.
Eduardo lembrou comentários do ex-presidente Lula, hoje cumprindo pena por corrupção. Em entrevista aos jornais Folha de S.Paulo e El País, Lula disse que cometeu um "erro grave" ao não fazer a "regulamentação" da mídia durante seus dois mandatos.
Eduardo também afirmou que "toda ditadura controla os meios de comunicação sob o pretexto de 'melhorá-los', 'democratizá-los' ou de barrar fake news e crimes de ódio", em uma referência aos governos de Maduro na Venezuela e dos Castro, em Cuba.