Bolsonaro defende fim de radares
O presidente Jair Bolsonaro conversou com algumas pessoas, em visita a Cascavel (PR), e reforçou o envio de projeto de lei ou medida provisória para alterar as regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em um vídeo do Palácio do Planalto, Bolsonaro aparece respondendo perguntas de um caminhoneiro.
"Vou te dar uma boa notícia. Eu devo, na semana que vem, depende do presidente da Câmara se será projeto de lei ou medida provisória, mexer no Código Nacional de Trânsito, onde a gente passa para 40 o número de pontos. O ideal era passar para 60, mas a gente teria dificuldade".
"Também a validade da carteira de motorista, de 5 para 10 anos", disse o presidente. O número de pontos a que Bolsonaro se refere é o limite máximo que cada condutor habilitado pode acumular ao longo de um ano, por infrações cometidas. Atualmente, o máximo é 19 pontos.
A partir de 20 pontos na carteira, um processo de suspensão do direito de dirigir já pode ser instalado pelo órgão de trânsito. "Também pretendemos acabar com os simuladores para diminuir o preço da carteira de motorista, que está em quase R$ 2 mil. É um absurdo gastar quase R$ 2 mil para uma carteira de motorista".
O presidente também disse que vai desativar todos os radares de velocidade em rodovias e que já engavetou 8 mil pedidos de instalação, nos últimos meses, após conversa com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes. "Fiquei acertado com ele que todo e qualquer radar ou pardal, uma vez vencendo o prazo, nós não revalidaremos".
De acordo com Bolsonaro, no feriado da Semana Santa o número de acidentes caiu 15%. Ele diz não ver relação entre o uso de radares de velocidade e um trânsito mais seguro. Para o presidente, a sinuosidade das rodovias é a questão mais importante.
"Você tem que estar preocupado com a sinuosidade das estrada e não se tem um pardal escondido atrás da árvore. Estou agora conversando com o Sérgio Moro, porque a PRF está sob o comando dele. Nós queremos acabar com os radares móveis também, que é uma armadilha para pegar os motoristas".
