Apenas 2,5% dos cursos foram bem
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou uma pesquisa mostrando que 2,5% de todos os cursos de graduação do Brasil em 2017 receberam nota máxima da entidade, responsável por medir a qualidade do ensino no país.
A maior parte dos programas de bacharelado e licenciatura brasileiros recebeu conceito 3, em uma métrica de vai de 1 (pior) a 5 (melhor). Os dados foram publicados no estudo realizado a partir Conceito Preliminar de Curso (CPC) do Inep.
Por outro lado, um número ínfimo de 0,4% dos cursos de graduação receberam conceito 1, o que demonstra que o ensino superior no país está longe do topo, mas também do piso. Outros 9,1% dos programas receberam nota 2, 52% ficaram com nota 3 e 36,3% foram conceituados no conceito 4.
Ainda de acordo com o instituto, cursos de graduação presenciais se saíram melhores do que os EaD: 39% dos programas físicos ficaram acima do conceito 3, enquanto essa proporção foi de 30% para a modalidade a distância. O Inep avaliou 10.210 cursos abertos no Ministério da Educação (MEC) em 2017.
Ele baseou os conceitos nas notas finais do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade); no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD) -- que mede o quanto o curso de graduação agregou ao desenvolvimento do estudante -- no perfil dos professores e em um questionário de opinião dos estudantes.
Para facilitar, o instituto faz uma amostra anual de cursos. Em 2017, foi a vez das áreas de Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Música, Pedagogia, Química e Sistemas de Informação.
Em números, 278 instituições de ensino superior tiveram desempenho inferior às demais instituições avaliadas em 2016 (na pesquisa publicada no ano passado). Naquele ano, 10 instituições tiveram o menor índice, 1, e 268 o índice 2. A maior parte, 66%, obteve 3. Na outra ponta, cerca de um quinto, 20,5% obtiveram índices 4 ou 5.
De acordo com a autarquia, 13,5% das instituições de ensino no Brasil tiveram um Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 1 ou 2 em uma escala que vai de 1 a 5 naquela ocasião.