Varejo continua recuperando as vendas
O varejo está conseguindo se recuperar dos anos de recessão, mesmo que lentamente. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, as consultas para vendas a prazo cresceram 2,33% no acumulado de 12 meses até março.
No mesmo período do ano passado, as vendas do segmento haviam crescido 1,49%. Já nos anos anteriores, em plena recessão econômica gerada no governo de Dilma Rousseff (PT), os dados estavam no negativo, com queda de -4,49% em 2017, -4,39% em 2016 e -0,84% em 2015 (já com Michel Temer na presidência).
O Indicador de Atividade do Comércio é construído a partir do volume de consultas de CPFs e é um termômetro da intenção de compras a prazo por parte do consumidor, abrangendo os segmentos varejistas de supermercados, lojas de roupas, calçados e acessórios, móveis e eletrodomésticos, entre outros.
Outro dado apurado pelo indicador é o nível de atividade no comércio atacadista. Nesse caso, que não leva em conta a venda de veículos e motos, o crescimento em 12 meses, até março, foi de 4,73%. O dado sucede outras duas altas observadas neste ano, como a expansão de 5,29% em janeiro e 5,66% em fevereiro.
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, “a atividade varejista foi impulsionada pela melhora da confiança dos consumidores e dos empresários após o desfecho das eleições, mas ainda enfrentará novos desafios, como a persistência do desemprego em patamar elevado".
"Ainda da massa salarial que, somente agora, voltou ao patamar pré-crise. A inflação sob controle é um fator positivo para a expansão das vendas, mas a inadimplência limita o acesso das famílias ao crédito, prejudicando as vendas a prazo”, analisa o presidente.