Universidades baianas entram em greve

Professores de três das quatro universidades estaduais decretaram greve. Os docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), do Estado da Bahia (Uneb) e do Sudoeste da Bahia (Uesb) decidiram paralisar as atividades a partir da próxima semana, em assembleias realizadas na quinta-feira.

Apenas docentes da Uesc, em Ilhéus, vão aguardar até a próxima quarta, quando fazem nova assembleia. Em nota, o governo do estado informou que "foi surpreendido" pela paralisação. De acordo com o comunicado, uma reunião havia sido realizada um dia antes do anúncio.

No encontro, de acordo com a nota, foi marcado o "compromisso" do governo com diálogo e definição conjunta de uma nova agenda para a segunda-feira. O líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Rosemberg Pinto (PT), afirmou que a decisão dos professores foi “precipitada”.

Mas ele admitiu em nota que houve "demasiado tempo de interrupção do diálogo entre professores e a Secretaria de Educação" e afirma que agora o Governo "teve o cuidado de sentar e ouvir todas as reivindicações". Mas ele só fez isso depois que os docentes convocaram assembleias para decidir sobre a greve.

O sindicato tenta se reunir com o Estado desde janeiro, sendo ignorado até que resolveu colocar em votação a greve geral. Assim que foram marcadas as assembleias, o governo Rui Costa correu para apagar o incêndio sem apresentar nenhuma proposta.

Na pauta dos docentes consta a destinação de no mínimo 7% da Receita Líquida de Impostos da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais (hoje em 5%); reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única parcela, com índice igual ou superior ao IPCA.

Também querem reajuste de 5,5% ao ano no salário base dos docentes para garantir a recuperação salarial referente aos anos de 2015, 2016 e 2017, quando não houve aumento salarial. No dia 10 é possível que o governo alegue a necessidade de consultar números e adie a solução mais uma vez.

Além da pauta do sindicato, servidores da Uesc denunciam que os salários estão sendo pagos com atraso desde janeiro. Afirmam ainda que a Uesc não vem pagando o auxilio alimentação. A presidente do sindicato dos servidores da universidade diz que alguns "recebem o contracheque zerado".

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