Sindae condena a PPP de Rui Costa
Parece que a “lua de mel” com o governador reeleito Rui Costa acabou cerca de 100 dias depois da posse para o segundo mandato. O anúncio do governador, de que vai investir em saneamento básico por meio de parcerias público-privadas, as PPPs, "mostra um equívoco", diz o Sindae.
Para o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente da Bahia, a medida pode trazer "enorme prejuízo para o estado e a sociedade". Os sindicalistas dizem que Rui Costa tem “incompreensível obsessão por essa parceria privada”.
Ainda na avaliação do Sindae, o governador está deixando de lado estudos da Embasa que não recomendam essa opção e está menosprezando um exemplo danoso bem perto dele, que é a PPP do emissário submarino da Boca do Rio, em Salvador.
De acordo com o Sindae, a PPP do emissário foi assinada no final do governo Paulo Souto, em dezembro de 2006 e, logo no início da gestão de Jaques Wagner, teve brutal redução. O valor caiu de R$ 738 milhões para R$ 619 milhões, comprovando um superfaturamento de R$ 119 milhões.
"Uma cifra escandalosa num contrato assinado com a Odebrecht, mostrando a antiga relação do governo baiano com a construtora que hoje figura no centro de um brutal esquema de corrupção com o poder público". O Sindae lembra uma ação de Rui Costa barrada por ele.
No seu primeiro governo, Costa tentou dar 50% das ações da Embasa para integralizar o capital de uma empresa que estava criando, a Bahiainvest. "A ação política do Sindicato evitou que isso ocorresse e gerasse um prejuízo de R$ 1 bilhão por ano à Embasa, que perderia isenções tributárias que desfruta por ser pública".