Rui enrola e a Uesc entra em greve

Professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, aprovaram paralisação por tempo indeterminado. Os docentes seguem a greve deflagrada na segunda-feira pelos seus colegas da Uneb, Uesb e Universidade Estadual de Feira de Santana .

Dos presentes, 96 docentes votaram a favor da greve, 52 contra. Com a decisão, os docentes da Uesc se unem aos professores das demais universidades estaduais baianas, que cobram promoções, recomposição salarial, contratação de novos docentes e mais investimentos nas universidades estaduais.

Com o Estado de Greve da última assembleia, os docentes da UESC esperavam avaliar uma proposta à pauta da categoria. Entretanto, o que foi observado foi "uma postura altamente desrespeitosa do gestor do Estado, que tentou criminalizar e dividir o movimento docente".

Após cancelar a reunião agendada para segunda-feira (8) com o Fórum das ADs, o governo reuniu-se com o Fórum de Reitores. Na ocasião, se comprometeu a repor R$ 36 milhões da verba contingenciada nas quatro universidades estaduais baianas.

"A proposta não representa um ganho para a universidade, mas um retorno ínfimo do que tem sido aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA), mas não tem sido repassado por Rui Costa. Em 2018, por exemplo, cerca de 81 milhões do previsto em Lei não foram repassados".

"Isso implica na falta de condições para o funcionamento das funções básicas da universidade. Faltam materiais para aula, projetos e convênios com prefeituras da região para atender a comunidade externa estão sendo prejudicados, sem contar as atividades que estão sendo custeadas pelos próprios professores e estudantes", diz nota da Adusc.

Durante a reunião com o Fórum de reitores, Rui Costa também apresentou a proposta de remanejamento nas vagas do quadro docente, mas apenas da UESC. A medida foi considerada uma retaliação aos docentes da UEFS, UESB e UNEB pela deflagração da greve, o que foi considerado inaceitável pelos professores.

Eles afirmam que "está claro que as propostas só surgiram em reposta ao acirramento da luta por parte da categoria, que há quase 4 anos tem como resposta do governo o silêncio. Neste sentido, o entendimento da assembleia foi que apenas a luta unitária pode garantir uma negociação justa e ganhos reais".

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