Rui desmarca encontro e Unis param

Professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) iniciaram, na manhã desta terça-feira, uma greve por tempo indeterminado. Os estudantes estão sem aula nos campi das três instituições.

De acordo com as associações dos docentes, a paralisação foi aprovada em assembleia, na última semana. Os professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) não participam do ato, mas estão em estado de greve e podem deflagrar a paralisação ainda nesta semana.

Os professores pedem aumento de investimento nas instituições de ensino, reposição salarial, promoções, entre outros. Apesar da greve dos professores, 30% dos serviços estão mantidos nas universidades, como núcleos de pesquisa, por exemplo.

De acordo com a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), só ela possui cerca de 25 mil estudantes presenciais e mais de 5 mil no ensino à distância. Ainda de acordo com a Aduneb, são 24 campi em toda a Bahia, com 2.400 professores e 1.500 técnicos.

Membro da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) criticou com veemência a postura do governador Rui Costa (PT) em relação “à grave situação das universidades baianas após a deliberação de deflagração da greve por tempo indeterminado".

Ele criticou a atitude de Rui Costa, que "de forma inexplicável e desrespeitosa, suspendeu uma reunião agendada com o Fórum das Associações de Docentes das Universidades Estaduais (Fórum das ADs). Reivindicamos a abertura de negociações para que o melhor para a sociedade seja conquistado”.

Hilton diz que os docentes estão há três anos tentando negociar com o governador. “Em lugar de honrar seu passado de sindicalista, que sabe que a negociação é fundamental, o governador Rui Costa agendou para o mesmo dia e horário uma reunião com o Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia".

"É preciso que se respeite e saiba que os reitores das universidades estaduais não são interlocutores do movimento docente, embora mereçam todo o nosso respeito. Desmarcar uma reunião com Fórum das ADs não contribuí para a resolução do impasse criado pelo governo”.

21:57  |  


Gostou? Repasse...