Prefeito insiste em vender a Emasa

Depois de ter criado a Emasa, com o apoio do então governador Waldir Pires, em 1989, o prefeito de Itabuna não desiste de privatizar a empresa, já tendo tentado diversas vezes ao longo dos seus mandatos, sempre esbarrando na pressão popular.

Parece que ele não desiste de sua obsessão, mesmo sabendo o que o município não tinha como arcar com os custos do saneamento básico ao criar a empresa. Na tarde de terça-feira, o prefeito se reuniu com representantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para conhecer um estudo técnico visando a privatização.

No mês passado, a equipe técnica da fundação já tinha apresentado o diagnóstico do sistema operacional da Emasa, mas o prefeito pediu alterações em alguns dos itens. Segundo Gomes, o município não tem capacidade financeira para investir em projetos dessa natureza, dai a necessidade da concessão.

Na verdade, verbas existem e em quantidade no Governo Federal. O que impede Itabuna de receber investimentos da União no setor é a falta do Plano Municipal de Saneamento, exigido por lei para que uma cidade receba estas verbas. Gomes não tem interesse em viabilizar o PMS.

O presidente da Emasa, Jader Guedes, confirmou o que todo mundo já sabe: que o município não tem condições financeiras para limpar o rio Cachoeira, tratar o esgoto em 100% e ampliar a oferta de água para atender satisfatoriamente toda a população.