Fila única do INSS atrasa as pensões

O caso de uma moradora de Prado, no sul da Bahia, ilustra um problema gerado pela falta de servidores suficientes no Instituto Nacional de Previdência Social no estado. Quando seu esposo, Nilton Dias Farias, faleceu, Rita de Cássia da Silva Santos deu entrada na documentação para receber a pensão.

O pedido foi registrado em 10 de outubro e ele foi enviado para a agência de Itabuna para análise, mas até hoje não houve resposta nem solução. "Ligo todos os dias no 135 e a desculpa é sempre a mesma: estamos sem funcionários. O que eu tenho com isso? O salário do meu esposo era nossa única fonte de renda".

"Aonde eu moro só existe trabalho temporário, no verão. Minhas contas estão todas atrasadas e tenho que fazer uma cirurgia de retirada do útero," conta Rita. Situações como a dela são muito comuns, por isso o jornal A Região procurou o INSS em Itabuna para entender o problema.

O pessoal da agência nos explicou que as 22 unidades do INSS da região enviam todos os processos para uma fila comum, centralizada nos servidores do orgão. Cada funcionário pega um caso da fila para analisar e o sistema sempre libera o mais antigo ainda nela.

"Hoje estamos analisando casos que entraram em setembro", explicam. Isto significa que o caso de Rita está perto de ser analisado, mas ela não deveria ter que esperar tanto tempo. A razão para a demora nas análises é a falta de um número adequado de servidores para a demanda, que é grande na Bahia.

19:48  |  


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