Câmara discute isenção a indústrias

A Câmara de Itabuna promoveu uma audiência pública para discutir a isenção do IPTU para as indústrias instaladas no município. Empresários, comerciantes, técnicos e entidades discutiram o tema. A Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, através do vice-presidente Eduardo Carqueija Jr, se manifestou favorável ao projeto.

A ACI acredita que a ação pode favorecer os empregos diretos, a massa de salários, a contratação de serviços de outras empresas da cidade (como fretes, segurança, terceirizados), a manutenção de creches nas empresas e uma maior qualificação de mão de obra.

“Apresentamos alguns números das atividades econômicas de Itabuna e reivindicamos aos vereadores a extensão do benefício para outras indústrias de menor porte. Damos o exemplo dos laticínios Boa Hora; Varascha e Vésper, que não usufruem de nenhuma isenção ou benefício público”, declarou Júnior.

O projeto tem como requisitos para a isenção a prova de regularidade fiscal e previdenciária, mínimo de 500 funcionários e novas contratações a uma taxa de 20% por ano. O presidente da CDL de Itabuna, Carlos Leahy, e o diretor do SINDICOM, José Adauto, reforçaram a posição da ACI.

Mas a exigência de aumento de 20% ao ano da quantidade de empregados é infantil e difícil de ser cumprida. Toda empresa emprega a quantidade de pessoas necessárias ao seu funcionamento e só teria demanda para empregar 20% a mais a cada ano se houvesse uma expansão da necessidade de mão-de-obra.

São raras as empresas, no mundo, que crescem a uma taxa anual de 20%. As mais competitivas ficam entre 3% e 10%. Em uma cidade como Itabuna, nenhuma empresa teria condições de cumprir esta exigência. Esta realidade foi lembrada pelo vereador Jairo Araújo. Nos últimos 8 anos, Itabuna já eliminou 3 mil vagas de emprego.

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