BTCA apresenta o espetáculo Chama
No Mês Internacional da Dança, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) reapresenta “Chama: Coreografia para artistas incendiárixs”, seu grande sucesso de bilheteria. A obra estreou em dezembro, com três sessões esgotadas, e teve mais duas em janeiro, também com lotação máxima, na Sala do Coro do TCA.
Desta vez serão três sessões, nos dias 5, 6 e 7 de abril, sexta a domingo, às 20h. Os ingressos custam R$ 10, já à venda na bilheteria do TCA, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista ou pelos canais da Ingresso Rápido (http://site.ingressorapido.com.br/tca).
“Se você tivesse poucos segundos para proteger algo de um incêndio, o que você traria consigo?” – esta pergunta é o ponto de partida da criação, que tem como disparador o incêndio do Museu Nacional, ocorrido em setembro de 2018, no Rio de Janeiro.
Com direção dos coreógrafos Jorge Alencar e Neto Machado, “Chama” aborda questões de memória, construção e reconstrução, questionando nossas atitudes diante de ruínas. Os dançarinos atravessam escombros e desmontes para encontrar modos de permanência e resistência.
Um museu em chamas, um teatro em ruínas, um antigo cinema do centro da cidade tornado estacionamento não são apenas metáforas: são o próprio corpo da destruição. Num Brasil em brasas, o corpo que arde e urge. E questiona: o que te incendeia? O que você atira na fogueira? O que se transforma com o fogo?
Na sala esfumaçada, os artistas são como um corpo de bombeiros ou um grupo de resgate, um conjunto de guarda-vidas cujos corpos também estão queimando. É uma emergência. Inclusive a de pensar nas políticas da memória, refletindo sobre aquilo que é lembrado e aquilo que é insistentemente apagado.