Sul da Bahia discutiu a Acácia Mangium

Para incentivar a produção de mudas de acácia mangium para reflorestamento e possibilidade de melhorar a qualidade do solo da região, na manhã desta terça-feira, no auditório da Faculdade Santo Agostinho em Itabuna, aconteceu o 1º Encontro Regional sobre Acácia Mangium.

Com apoio da Amurc, Ceplac, Instituto Chocolate, Prefeituras de Jussari e Itabuna, o evento buscou apresentar alternativas sustentáveis, sócio econômica e ambientalmente para as regiões de pecuária no sul da Bahia através da planta leguminosa.

Para falar sobre o assunto, esteve no evento o pecuarista matrogrossense Carlos Roberto Libera, responsável por introduzir no Brasil a Acácia Mangium. Hoje ele tem uma área na Fazenda Paraná, de quase 4.000 mil hectares, com árvores desta espécie, originária da Austrália.

“Há 24 anos iniciei o plantio. A acácia é da família de leguminosas e apresenta uma série de vantagens, tais como: produção de madeira, renda agregada, recuperação de pastagens, alimentação para gado, produção de mel, sequestro de carbono, além da preservação e recuperação ambiental”.

Ressaltando a integração da Acácia com floresta, pecuária, apicultura e agricultura, o agrônomo Waldo Brito, extensionista da Ceplac na região do Baixo Sul, afirma que “Valença e Camamu são referência no plantio de Acácia na Bahia, e a sua utilização ocorre em grande maioria para madeira e fabricação de móveis”.

O prefeito de Jussari e tesoureiro da Amurc, Antônio Valete, diz que a associação está sempre preocupada com a situação econômica dos municípios da região e a busca por alternativas para a recuperação de áreas desgastadas é uma das prioridade.

“Com a mudança da cultura de cacau para gado é evidente o crescimento de áreas devastadas. Este evento apresenta uma das alternativas para a recuperação das áreas degradadas, impulsiona a economia dos produtores e preserva o meio ambiente com a recuperação de áreas afetadas".

O coordenador do evento e diretor de agricultura da secretaria de Sustentabilidade Econômica e Meio Ambiente de Itabuna, Erlon Botelho, explica que as leguminosas são conhecidas por contribuir de forma significativa para a fixação de nitrogênio no solo, o que melhora a fertilidade do terreno.

A variedade da leguminosa chama atenção pela alta qualidade de sua madeira, podendo ser usada na construção e na fabricação de móveis. A árvore também é propícia ao consórcio com outros cultivos, paisagismo, reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.

A acácia mangium é originária do norte da Austrália, suporta uma grande variação de temperatura, se adapta a solos de baixa fertilidade e drenagem. Ela requer poucos nutrientes para se desenvolver, por isso sua produção é muito rentável.

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