Sul da BA registra tremor de terra

Mesmo o Brasil estando fora das áreas de choque de placas tectônicas, Guaratinga, no Extremo sul baiano, tem sofrido com a incidência de tremores nos últimos dias. Em menos de 15 dias, um novo tremor de terra de 2,1 graus de magnitude na escala Richter foi registrado na cidade na manhã de segunda-feira.

O último tremor foi sentido no dia 28 de janeiro e teve 2,5 graus. Segundo o geólogo e professor do Instituto de Geociências da Ufba Marco Botelho, os dois fenômenos podem ser considerados de baixa gravidade, já que não apresentaram aspectos graves para a população, como rachaduras no solo.

“Se o chão tivesse rachado seria problemático, pois poderia ser um forte indício de fraturas perigosas na região”,diz o especialista. Ele alerta para a necessidade de estudos para entender as causas dos tremores e riscos para os moradores. Segundo ele, assim se poderá compreender o que está acontecendo.

O geólogo afirma que existe uma cadeia de montanhas bem no meio do Oceano Atlântico. Perpendicular a essa cadeia existem falhas. São quebras nas rochas e uma fraqueza que se estende por quilômetros, algumas chegando à costa brasileira. Um exemplo clássico são os tremores que acontecem no Rio Grande do Norte.

Marco Botelho diz que os terremotos são gerados pela fricção das rochas uma contra outra, que propaga ondas elásticas em todas as direções. “Então, se temos esse tipo de fratura dentro do território brasileiro ele pode sim ser um emissor de terremotos”.

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