Lula é condenado a mais 12 anos

A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou o ex-presidente Lula a mais 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia, onde até dava festas de São João (foto). Como há concurso de crimes, o total das penas não são somadas integralmente.

Segundo a decisão, Lula foi condenado a 5 anos e 4 meses por corrupção ativa “pelo recebimento de propinas em prol do Partido dos Trabalhadores pagas pela Odebrecht”, 3 anos e 3 meses por lavagem de dinheiro envolvendo a “reforma feita pela Odebrecht no sítio”.

Mais 3 anos e 3 meses por lavagem de dinheiro envolvendo “reforma feita pela OAS no sítio”, 2 anos e 4 meses por corrupção passiva no “recebimento de R$ 700 mil em vantagens indevidas da Odebrecht”, 2 anos e 4 meses por corrupção passiva no “recebimento de R$ 170 mil em vantagens indevidas da OAS”

Preso desde abril, o petista foi condenado por participar de esquema de propina de R$ 155 milhões das empreiteiras OAS e Odebrecht. Lula agora soma 25 anos de cadeia, nas condenações do triplex e do sítio, caso a sentença atual não seja aumentada pelo Tribunal Regional Federal na segunda instância.

No caso atual, houve o pagamento de R$ 1,02 milhão envolvendo as reformas e a decoração do sítio no interior paulista. Além das empreiteiras, o grupo Schahin, do amigo de Lula José Carlos Bumlai teria “investido” R$ 150 mil na propriedade.

Segundo a denúncia, a contrapartida de Lula seria a manutenção dos dirigentes da Petrobras Renato Duque, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada e Pedro Barusco nos cargos para dar prosseguimento ao esquema de corrupção instalado na estatal do petróleo.

Também foram condenados pelo sítio os empresários Marcelo e Emílio Odebrecht, Leo Pinheiro da OAS e José Carlos Bumlai (responsáveis pelas obras); o "dono" do sítio Fernando Bittar, o advogado Roberto Teixeira, além de Paulo Gordilho, Emyr Diniz Costa Junior, Alexandrino Alencar e Carlos Armando Guedes Paschoal.

A ação julgou as reformas realizadas no sítio de Atibaia (SP), frequentado pelo petista, acusado de ser favorecido pelas empreiteiras OAS e Odebrecht com benfeitorias feitas na propriedade rural que frequentava. Cabe recurso da condenação. Com Diário do Poder.

23:29  |  


Gostou? Repasse...