Gomes quer vender Emasa, de novo
A privatização da Emasa é uma obsessão do prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, e foi um dos temas do seu discurso na abertura dos trabalhos do ano legislativo da Câmara de Vereadores na sexta. A empresa foi criada em 1989, na sua segunda gestão, depois de o contrato com a Embasa ter expirado 3 anos antes, em 1986.
Desde sua fundação, a Emasa jamais teve capacidade de investir na ampliação da captação de água, tratamento e distribuição. Aliás, isso foi reconhecido pelo prefeito. Segundo ele, Itabuna desperdiça 56% da água distribuída e a mudança de tubulações e a revitalização do Rio Cacheira custariam R$ 360 milhões.
“De onde Itabuna tiraria esse dinheiro”, indagou o gestor que há anos defende a privatização da Emasa, que sempre esbarra em pressão popular contrária. Mas durante a campanha eleitoral de 2016, Gomes alegava que a empresa era viável, que "bastava competência".
Assim que foi eleito, voltou ao seu plano de sempre. A proposta de repassar o saneamento básico à iniciativa privada deve ser encaminhada ao Legislativo até março, segundo o prefeito. Mas nada falou em relação às audiências públicas que um projeto dessa magnitude requer, por lei.