Fim da EBDA gera perdas importantes
A extinção, após 50 anos de prestação de serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisa agropecuária, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) gerou um enorme prejuízo para os produtores e também para a agricultura do estado. A EBDA foi extinta pelo governador Rui Costa (PT) alegando corte de gastos.
A medida foi duramente criticada por entidades, agricultores e políticos. O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) diz que “o prejuízo com a perda do conhecimento técnico e metodológico, acumulado pelos profissionais ao longo de anos com a prática, capacitação e especialização, devem receber o repúdio da sociedade".
Coelho lembra que cerca de 320 mil agricultores familiares possuíam assistência técnica garantida pelo governo do estado. “A extinção da EBDA é algo a se lamentar de forma profunda. Prejudicial para a agricultura familiar da Bahia e para todo serviço público de assistência técnica e extensão rural brasileiro”.
O deputado lembra que a Estação que abrigava um dos maiores Bancos de Germoplasma de fruteiras tropicais da América do Sul foi extinto e o prédio está abandonado. "Imaginem a quantidade de genes perdida por pura irresponsabilidade do governo estadual. Acabaram com 60 anos de melhoramento genético de gados".
"Destruíram todo trabalho de melhoramento do Jumento Pêga e Cavalo Manga Larga. Não ficou nada do melhoramento de caprinos e ovinos. Foram extintas as estações experimentais e fazendas da EBDA em Aramari, Conceição do Almeida, Feira de Santana, Itaberaba, Ribeira do Pombal dentre outras”.
Segundo Coelho, “o relato que recebemos mostra que os prejuízos vão muito além das pesquisas nas estações experimentais. Enquanto os outros estados aparelharam as atividades de assistência técnica e extensão rural, a Bahia simplesmente as desmantelou".
"Os agricultores familiares ficaram praticamente no abandono e a extensão rural na Bahia quase não existe. Tudo ou quase tudo foi destruído e jogou-se fora mais de 50 anos de trabalho".
