Carnaval vai gerar 250 mil empregos
O carnaval é sinônimo de diversão, mas também é um bom momento para faturar uma grana extra. A Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador calcula que 250 mil postos de trabalho diretos e indiretos serão gerados na folia deste ano, uma importante indutora de oportunidades de negócios.
O titular da Secult, Claudio Tinoco, ressalta que os preparativos que antecedem aos festejos já vêm impulsionando a economia. “É uma festa que se espalha por toda a cidade, não só nos circuitos principais, onde ficam evidentes os artistas com trios elétricos, mas nos palcos de bairros e espaços alternativos”.
A demanda envolve de motoristas de trios a operadores de som e iluminação; dos responsáveis pela montagem e desmontagem dos camarotes e estruturas até quem confecciona abadás e fantasias; incluindo os que atuam nas centrais de vendas de blocos, baianas de acarajé e vendedores de comida espalhados pelos circuitos.
"A demanda de contratação é grande e há quem remeta os dias de festa ao momento de ganhar o 13º salário”. É o caso dos ambulantes. De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), 10 mil vendedores informais serão beneficiados no período, através da concessão de cerca de 2 mil licenças.
"O carnaval é fundamental para essa parcela da população. É o momento que propicia regularizar as pendências financeiras e pagamento das contas atrasadas. Dá para triplicar e até quadruplicar as vendas se for comparar com o dia a dia comum," explica o presidente da associação de ambulantes e feirantes, Rosemário Lopes.
A administração pública municipal também responde por uma fatia dos empregos. Cerca de 10 mil pessoas, entre servidores, terceirizados e contratados via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) atuarão nos 22 órgãos envolvidos na organização da festa.
Estabelecimentos como bares, restaurantes e hotéis na linha turística, entre Itapuã e o Pelourinho, também aumentaram o efetivo. “Começaram a contratar desde o início da alta estação. O incremento chega a 10% da mão-de-obra”, diz o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação, Sílvio Pessoa.