Assassino de Nôca enfrenta o juri
José Cardoso dos Santos, o “Pescoço de Frango”, 63 anos, que confessou o assassinato do empresário itabunense Crispim Gomes de Brito, “Nôca”, começou a ser julgado nesta quinta-feira, no Tribunal do Júri de Una. O crime aconteceu no dia 3 de dezembro de 2017, na propriedade da vítima, em Comandatuba.
O julgamento pode durar até dois dias. José Cardoso, que era funcionário do comerciante, pode pegar mais de 20 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver. Ele contou que, durante 7 anos, trabalhou como motorista de “Nôca”. E alegou que o ex-patrão não queria pagar uma dívida do período em que era funcionário da pousada.
Inicialmente, José Cardoso assumiu o crime sozinho. Mas, durante as investigações, a polícia encontrou indícios de envolvimento da viúva Lícia Ferreira Brasil no crime. A mulher chegou a ser presa preventivamente, em maio do ano passado, a pedido Ministério Público da Bahia.
A viúva foi apontada como mandante, mas não será julgada nesta quinta porque a defesa pediu desmembramento do processo. Lícia Brasil nega qualquer participação no crime do marido e ainda existem muitas contradições sobre o caso. O empresário foi morto a poucos metros de casa.
“Nôca” era dono da pousada Porto Real, em Comandatuba, Una, e muito querido. A sua morte gerou comoção na região. O júri é presidido pelo juiz Felipe Remonato e a promotoria tem na assistência os advogados Jorge Nobre, de Itabuna; e Robson Cavalcante, de Ilhéus.
Os advogados de defesa são Rui Nepomuceno e Thailane Gabriel, de Itabuna.